Os marcadores de lesão do miocárdio referem-se a proteínas e/ou enzimas libertadas no sangue periférico e detectadas durante a lesão do miocárdio. A deteção destas substâncias pode fornecer indicações para o diagnóstico clínico, a monitorização do estado e a estratificação do risco de enfarte agudo do miocárdio e de outras doenças com lesão do miocárdio.
Os principais marcadores de lesão miocárdica foram a troponina T, a troponina I, a CK-MB e a mioglobina. A troponina é composta por três subunidades, que possuem estruturas independentes e diferentes efeitos reguladores. A troponina cardíaca regula e medeia a interação entre a actina e a miosina com a participação de iões de cálcio, de modo a manter o relaxamento e a contração do miocárdio. Quando a membrana celular do miocárdio está intacta, a troponina cardíaca não penetra na membrana celular e entra na circulação sanguínea. Apenas quando a membrana celular do miocárdio está danificada, a troponina pode ser libertada para o sangue. A concentração de troponina na circulação sanguínea é diretamente proporcional ao procedimento de lesão do miocárdio. Com uma semi-vida de até 15 dias, é o melhor índice para a deteção retrospetiva.
Significado clínico
Determinação quantitativa da cTnI no plasma humano A troponina I cardíaca (cTnI) é uma proteína contrátil presente exclusivamente no músculo cardíaco. É uma das três subunidades do complexo da troponina (I, T, C), que com a tropomiosina se liga à actina, o filamento fino da miofibrila. O seu papel fisiológico consiste em inibir a atividade ATPase do complexo actina-miosina na ausência de cálcio, impedindo assim a contração muscular.
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